sexta-feira, 15 de maio de 2009

MP quer interdição parcial da Ponte sobre o rio Curuá



>> A estrutura é considerada a maior ponte de madeira do Brasil, com 360 metros, e é parte da rodovia PA-254, no oeste do Pará.

A ponte construída em madeira sobre o rio Curuá em Alenquer, oeste do estado é objeto de manifestação do Ministério Público local, por meio do promotor de justiça Danyllo Pompeu Colares. O MP requer, dentre outros pedidos, a imediata suspensão do tráfego de veículos de grande e médio porte na ponte, construída na PA-254, sobre o rio Curuá, cujo trecho ficou permanentemente interditado para embarcações. A ponte com cerca de 360 metros de extensão, foi inaugurada no dia 19 de abril de 2008, pelo ex-prefeito Cleóstenes Farias do Vale, sem os devidos estudos de impacto ambiental, além de outras irregularidades.

A manifestação está nos autos de Ação Civil Pública ajuizada em janeiro de 2008, quando a ponte ainda estava em construção. De acordo com o MP, cerca de mil árvores da espécie maçaranduba foram usadas na construção, sem a devida especificação de sua procedência. Há ainda risco de morte para os que ali transitam, já que não foi feito o estudo para a capacidade de peso que a ponte suporta.

O autor da ACP ajuizada em janeiro do ano passado foi o promotor de justiça Gustavo Rodolfo Ramos de Andrade. Na época o MPE pediu, liminarmente, a imediata suspensão das obras, além da suspensão das Licenças Prévia e de Instalação, expedidas pela Secretaria de Meio Ambiente de Alenquer. Devidos aos prazos concedidos no processo, a liminar não foi apreciada a tempo, e a ponte acabou por ser inaugurada sem licenciamento da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e sem a realização de audiência pública. Após a inauguração, o MP manifestou-se pelo prosseguimento do feito, requerendo que fossem apresentados, ainda que tardiamente, as licenças ambientais, o EIA/RIMA, e realizada a audiência pública. Em audiência, a atual prefeitura comprometeu-se a realizar os estudos.

Na época, a prefeitura apresentou um Plano de Controle Ambiental, que foi considerado por técnicos do MPE, como não conclusivo, além de não conseguir explicar a necessidade dos investimentos para a construção da ponte. “Claramente a suposta perícia foi um engodo da administração municipal para ganhar tempo até que a obra fosse concluída, revelando a ilicitude da conduta do administrador municipal à época”, ressalta o promotor. Por isso, o MP conclui que a quantia de R$ 317 mil que foi gasta para a elaboração do PCA, deve ser cobrada do ex-prefeito Cleóstenes Farias, “em virtude da má-fé que demonstrou ao longo da marcha processual, bem como pelo ato de violar o princípio constitucional da Moralidade Administrativa”.

Além de interromper de forma permanente a navegabilidade naquele trecho do rio Curuá, a ponte está aberta ao tráfego de veículos pesados, como caminhões carregando madeira, sem que tenha sido aferido o peso que a mesma suporta, colocando em risco a segurança dos usuários.

“Não se pode postergar a análise de tonelagem da ponte. A questão não é meramente de direito ambiental. Vidas estão em risco”, diz o MPE.

Na manifestação, o promotor Danylo Pompeu pede a imediata interdição parcial da ponte para o tráfego de veículos de médio e grande porte, devendo ser permitido somente motos e pessoas, até a realização de perícia específica que comprove a tonelagem suportada pela ponte. Pede ainda que o município comprove o cumprimento da obrigação de confeccionar o EIA RIMA, sob pena de multa diária de R$ 1.000 mil. E que a prefeitura seja obrigada a adotar as medidas legais para a obtenção das licenças ambientais válidas, a serem fornecidas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, com a devida realização de audiência pública.

O MP requer também que os requeridos sejam obrigados a reparar todos os danos causados ao meio ambiente pelo funcionamento da ponte até esta data, devendo ser realizada uma perícia na área de engenharia ambiental e saúde física e mental do Centro de Perícias Científicas do Estado do Pará. No caso da constatação de dano ambiental, e da impossibilidade de retorno ao quadro anterior, que seja o ex-prefeito condenado a pagar indenização em dinheiro, revertido ao Fundo Estadual de Meio Ambiente, para que seja destinada a projetos de recuperação ambiental.

Outra requisição é que seja cobrada do administrador da época a devolução da quantia de R$ 317 mil, gastas para a elaboração do Plano de Controle Ambiental, inclusive com penhora on line de dinheiro em depósito, ou de bens de Cleóstenes Farias. À atual gestão municipal, o MP requer que seja compelida a informar a data em que foi feito o pagamento para a realização do plano.

Constam ainda dos pedidos do MP, que seja oficiado ao Incra e ao Iterpa, para que informem se a ponte foi construída dentro da área destinada a assentamentos de reforma agrária. À SEMA e ao Ideflor, para que seja averiguada a procedência e a origem da madeira que foi utilizada para a construção da ponte. À Secretaria Estadual de Transportes, deve ser solicitado para que verifique se a estrutura da ponte (altura e largura entre pilares) causa impedimentos ao trânsito de embarcações sob a mesma, já que a navegabilidade está claramente interrompida. E por fim, requer o MP, que seja requisitada junto a SEMA, a realização de uma inspeção de campo para determinar as medidas necessárias para a adequação ambiental do empreendimento.

Ministro Geddel lima visita atingidos pela cheia em Alenquer

A governadora Ana Júlia Carepa recebeu, na manhã desta quinta-feira (14), no aeroporto de Santarém, o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima. Do aeroporto, governadora e ministro se deslocaram para o município de Alenquer, onde fazem um sobrevoo e visitam áreas atingias pela cheia dos rios Tapajós e Amazonas. O nível do Tapajós chegou hoje a 9,8 metros acima do normal.

A vinda do ministro Geddel Vieira Lima é uma determinação do presidente Lula, atendendo a uma solicitação da governadora Ana Júlia Carepa. Alenquer tem hoje 13.296 afetados, 182 pessoas desabrigadas e 2.865 desalojados.

O município já recebeu 1.100 cestas básicas e 600 kits de ajuda humanitária, composto de rede, cobertor, colchão, mosquiteiro, travesseiro e toalha. A cidade vai receber também 250 metros cúbicos de madeira.

À tarde, Ana Júlia Carepa e Geddel Vieira Lima sobrevoam Santarém e visitam o centro comercial e o bairro do Mapiri. Depois, reúnem com prefeitos e concedem entrevista coletiva à imprensa. "Nós não vamos deixar os prefeitos sozinhos", disse a governadora Ana Júlia carepa para secretários de Estado e deputados que integram sua comitiva.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Alenquer entre as cidades que receberão madeira do IBAMA

A superintendência do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA) em Santarém efetivou nesta quarta-feira, 13, a doação de mais de 2,25 mil metros cúbicos de madeira de diversas essências para a Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará (Sema).

A partir de agora o produto será repassado à Defesa Civil do Estado, para que sejam feitas a reconstrução de casas de ribeirinhos de vários municípios do Pará, que estão sendo afetados pelas enchentes e chuvas dos últimos meses.

Os municípios de Alenquer, Almerim, Aveiro, Curuá, Faro, Juruti, Monte Alegre, Oriximiná, Óbidos, Prainha, Santarém e Terra Santa receberão as madeiras que foram apreendidas em operações realizadas no ano passado. As prefeituras desses municípios também receberão maquinários completos, cerca de 150 motosserras e vários motores bombas.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Deputados apontam calamidade na cidade Ximanga

A Comissão Temporária Externa da Assembleia Legislativa, formada por dez deputados, que percorreu municípios atingidos pelas cheias dos rios Amazonas e Tapajós, no final de semana, vai pedir que o governo estadual avalie a possibilidade de decretar estado de calamidade pública no município de Alenquer.

Os deputados que visitaram as cidades de Alenquer, Prainha, Monte Alegre e Curuá são unânimes em afirmar que a situação é critica. 'Vários prédios históricos estão caindo e as famílias que moram em áreas de barranco correm risco de vida, porque estão acontecendo desabamentos. O comércio está parado e escolas e o Banco do Brasil estão fechados por causa dos alagamentos', dizem os deputados.

O relatório também vai recomendar que o Governo do Estado envie madeira, combustível, cestas básicas e remédios, principalmente hipoclorito de sódio, para evitar propagação de doenças contraídas por via hídrica.

O líder do governo na Alepa, deputado Airton Faleiro, disse que, ainda ontem, os deputados se reuniriam para fazer a redação final do relatório, que será entregue ao secretário de Estado André Farias, da Integração Regional.

Os deputados também vão solicitar que a Defesa Civil reveja critérios de distribuição de cestas básicas. 'Em Curuá, com população menor, foram entregues 600 cestas básicas e apenas 200 em Alenquer’, garantem os parlamentares.

Números da Defesa Civil Estadual, divulgados na última quinta-feira, 7, mostram que há 2.865 pessoas desalojadas, 182 desabrigadas, 896 deslocados e 13.296 afetados pela cheia dos rios Amazonas e Tocantins. 'Este relatório vai ajudar a governadora Ana Júlia Carepa a avaliar melhor a situação que vai encontrar quando visitar a região, entre os dias 13 e 15 deste mês', disse o líder do governo, deputado Airton Faleiro, durante visita aos desabrigados no município de Trairão.

Governo apresenta a imprensa a Operação Enchente no Oeste do estado

Nesta quarta-feira (13), a Defesa Civil do Estado e o Corpo de Bombeiros Militar iniciam mais uma ação da Operação Enchente 2009 no interior do estado. O objetivo é aumentar a assistência aos municípios atingidos pelas enchentes no oeste paraense.

A operação contará com o apoio do navio Grão-Pará e partirá de Belém com mantimentos e mais de 60 profissionais de saúde, mergulhadores e técnicos da defesa civil. Onze municípios da região oeste serão assistidos: Porto de Moz, Almeirim, Prainha, Monte Alegre, Alenquer, Curuá, Santarém, Óbidos, Oriximiná, Juruti e Terra Santa.

Nos 20 dias de operação, serão distribuídas 8 mil cestas básicas, 5 mil redes, dez mil mosqueteiros, dez mil colchões, dez mil travesseiros e dez mil toalhas, além do atendimento médico de clínica geral e vacinação que será feito no local.

A Operação Enchente monitora 35 municípios, sendo que desses 32 estão em situação de emergência e três em estado de alerta. Cerca de 35 mil famílias foram afetadas e 1.740 estão sob tutela do estado em 51 abrigos emergenciais. Dois óbitos foram notificados até o momento: uma criança em Curuá e outra em Porto de Moz.

Participam da coletiva a governadora Ana Júlia Carepa, o secretário de Integração Regional, André Farias, e do coordenador Estadual de Defesa Civil, coronel Paulo Gerson.

domingo, 10 de maio de 2009

ALENQUER: Município pode ter pela primeira vez na história decreto de situação de calamidade pública

A Comissão Temporária Externa da Assembléia Legislativa, formado dez deputados, que percorreu dez municípios do Baixo Amazonas e Tapajós, de quinta-feira (7) a sábado (9), atingidos pelas cheias dos rios Amazonas e Tapajós, vai pedir que o Governo do Pará avalie a possibilidade de decretar estado de calamidade pública no municípios de Alenquer.

Os deputados que visitaram as cidades de Alenquer, Prainha, Monte Alegre e Curuá são unânimes em afirmar que a situação é critica. "Vários prédios históricos estão caindo e as famílias que moram em áreas de barranco correm risco de morte, porque estão acontecendo desabamentos. O comércio está parado e escolas e o Banco do Brasil estão fechados por causa dos alagamentos", dizem os deputados.

O relatório também vai recomendar que o Governo do Estado envie madeira, combustível, cestas básicas e remédios, principalmente hipoclorito de sódio, para evitar propagação de doenças contraídas por via hídrica.

O líder do governo na Alepa, deputado Airton Faleiro, disse que, ainda nesta segunda-feira (11), os deputados reúnem-se para fazer a redação final do relatório, que será entregue ao secretário de Estado André Farias, da Integração Regional.

Os deputados também vão solicitar que a Defesa Civil reveja critérios de distribuição de cestas básicas. "Em Curuá, com população menor, foram entregues 600 cestas básicas e apenas 200 em Alenquer', garantem os parlamentares.

Números da Defesa Civil Estadual, divulgados na última quinta-feira (7), mostram que há 2.865 pessoas desalojadas, 182 desabrigadas, 896 deslocados e 13.296 afetados pela cheia dos rios Amazonas e Tocantins. "Este relatório vai ajudar a governadora Ana Júlia Carepa a avaliar melhor a situação que vai encontrar quando visitar a região, entre os dias 13 e 15 deste mês", disse o líder do governo, deputado Airton Faleiro, durante visita aos desabrigados no município de Trairão.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Governadora visitará seis municípios atingidos por enchentes

A governadora Ana Júlia Carepa visitará seis municípios do Baixo Amazonas atingidos pelas enchentes dos rios Amazonas e Tapajós, anunciou nesta quinta-feira (7), em Santarém, o deputado Airton Faleiro, líder do Governo na Assembleia Legislativa.

A informação foi dada durante reunião da Comissão Temporária Externa, criada esta semana pela Alepa para ver de perto os problemas provocados pelas cheias e acompanhar as ações do governo do Estado no atendimento às vítimas. Ana Júlia Carepa irá aos municípios de Santarém, Oriximiná, Alenquer, Óbidos, Almeirim e Monte Alegre.

Na região, 17 municípios estão em estado de emergência - 12 no Baixo Amazonas e cinco no Alto Tapajós. Números da 4ª Regional de Defesa Civil, em Santarém, confirmam que há 1.084 pessoas desabrigadas e 23.426 desalojadas. Os atingidos pelas enchentes somam 177.011. A Defesa Civil já distribuiu mais de 2 mil cestas básicas e outras 8 mil serão entregues na próxima semana.

A Comissão Temporária Externa foi criada por meio de requerimento do deputado Gabriel Guerreiro (PV) e aprovada por unanimidade pelos parlamenteres. A comissão é formada por Airton Faleiro (PT), Josefina Carmo (PMDB), José Megale (PSDB), Júnior Hage (PR) e Ítalo Mácola (PSDB), que visitarão ainda os municípios de Almeirim, Prainha, Monte Alegre e Curuá.

Outro grupo, de cinco deputados - formado por Gabriel Guerreiro (PV), Carlos Martins (PT), Júnior Ferrari (PTB), Alexandre Von (PSDB ) e Antonio Rocha (PMDB) - vai percorrer os municípios de Faro, Juruti, Terra Santa, Óbidos e Oriximiná.

Os municípios atingidos pelas enchentes são Curuá, Faro, Juruti, Óbidos, Oriximiná, Terra Santa, Alenquer, Almeirim, Monte Alegre, Prainha, Porto de Moz, Santarém, Aveiro, Itaituba, Jacareacanga, Novo Progresso, Rurópolis e Trairão.

A reunião em Santarém contou com a presença do prefeito José Maria Tapajós (PMDB) e representantes do setor comercial e da Capitania dos Portos, vereadores de Santarém e movimentos sociais.

Gabriel Guerreiro informou as quatro demandas que serão apresentadas ao governo do Estado: construção de marombas (pontes de madeira) e entrega de combustível (diesel e gasolina) para locomoção dos atingidos, cestas básicas e medicamentos. "Precisamos fazer uma campanha para que a população utilize hipoclorito, para prevenir doenças contraídas por via hídrica", disse o parlamentar.

O prefeito José Tapajós pediu a ajuda dos governos federal e estadual "para minimizar o sofrimento do povo". A água do rio Tapajós já invadiu a frente da cidade de Santarém. "Estamos com 250 lojas inundadas", informou o presidente do Clube de Diretores Lojistas, Laélio Walfredo.

O major Lima, da Defesa Civil, fez um balanço das ações do governo e informou que chegarão até sábado (09), em Santarém, 8 mil cestas básicas, 500 colchões, 200 redes, 500 lençóis, 500 mosquiteiros e 500 toalhas de banho. "Este material será distribuído a habiatntes dos 17 municípios", afirmou.

Lei estadual proibe uso de celular em sala de aula

A governadora Ana Julia Carepa sancionou, nesta sexta-feira (8), a Lei 7.269, que proíbe o uso de aparelhos celulares e eletrônicos como MP3, MP4 e palms dentro das salas de aulas. A proibição se aplica às instituições de ensino fundamental e médio da rede pública estadual.

A lei será regulamentada pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc) em um prazo de noventa dias. Caberá à Seduc promover campanhas informativas e a fiscalização do uso dos aparelhos em sala de aula.

Placas e cartazes deverão ser fixados nas dependências das escolas e nas áreas de acesso para orientação dos estudantes. No caso de instituições de nível fundamental, a direção da escola deverá comunicar aos pais e responsáveis dos alunos sobre a proibição.

A medida, que já entrou em vigor em outros estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Rondônia, Ceará e Rio Grande do Sul, também poderá se tornar lei federal. O projeto de lei 2246/2007, de autoria do deputado federal Pompeu de Mattos (PDT-RS), está tramitando na Câmara dos Deputados e poderá vetar o uso do aparelho celular não só pelos alunos, mas por todos dentro das escolas.

Segundo especialistas, o uso do celular em sala de aula pode causar a distração do aluno, afetar o rendimento escolar das crianças e atrapalhar a didática dos professores.

domingo, 3 de maio de 2009

Enchente acende sinal de Alerta em Alenquer

A forma agressiva em que as águas do rio Amazonas e seus afluentes têm aumentado vem chamando a atenção de moradores e de pesquisadores de comportamento climático da região amazônica.

Até agora 17 municípios da região Oeste do Pará que, tiveram seus territórios invadidos pelas águas já decretaram situação de emergência e aguardam auxilio do estado para ajudar milhares de famílias atingidas pelas cheias dos rios.

A sede regional da Defesa Civil do Estado em Santarém recebe pedidos de socorro todos os dias. Além de Santarém, os municípios de Juruti, Prainha, Óbidos, Curuá, Oriximiná, Monte Alegre, Almeirim, Itaituba, Porto de Moz, Aveiro, Trairão, Terra Santa, Uruará, Altamira e Alenquer já acenderam o sinal de alerta.

No município de Alenquer, um dos mais afetados o número de pessoas atingidas já passa dos 11 mil, é quase a terça parte de toda a população da cidade. A defesa civil municipal registra 8 bairros alagados e quase 3 mil pessoas desalojadas. Os números que impressionam podem ainda aumentar, já que como é de costume, o nível dos rios na região costuma se avolumar até a primeira quinzena do mês de Junho.

A última chuva que caiu sobre o solo Ximango durante mais de 12 horas assustou a população. Dezenas de casas, comércios e repartições públicas e privadas foram invadidas pelas águas do rio Surubiu. Além de muros de concretos e parte de uma casa localizada na avenida Benedito Monteiro que desabou, a chuva deixou o município sem energia elétrica durante mais de 8 horas. O caso tomou repercussão nacional.

Enquanto não chega nenhuma ajuda do governo do estado, famílias inteiras estão sendo auxiliadas por empresários e pela paróquia do município que nos últimos dias tem resgatado pessoas das áreas de várzea para serem abrigadas em espaços sociais da comunidade.

Mesmo sabendo da situação alarmante em que passa Alenquer, o governo do estado trata o problema de forma genérica. Veja só. Na nota enviada a imprensa, a secretaria de Estado de Integração Regional, informou que, por determinação da governadora Ana Júlia, estão sendo realizadas ações de forma integrada, por meio de um conjunto de secretarias e órgãos estaduais. Segundo a nota, são situações emergenciais em que o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil estão treinados para atuar, e que envolvem outras secretarias em ações de curto e médio prazo para atender a população

Esse é o governo que “cuida” do seu povo!

Foto: Site Alenquerpará