domingo, 18 de janeiro de 2009

Pesquisa deixa o sonho da criação do Estado do Tapajós mais distante

A proposta de divisão territorial do Pará seria inviável. É o que aponta o estudo "Custos de Funcionamento das Unidades Federativas Brasileiras e suas Implicações sobre a Criação de Novos Estados", realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A pesquisa foi encomendada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), com o objetivo de avaliar o impacto econômico e social que a criação de novos estados acarretaria no país.

Segundo os dados divulgados pelo Instituto, se Carajás, Tapajós e Xingu fossem criados, os novos estados, somados, ficariam com um terço do PIB (Produto Interno Bruto) paraense e com 29% da população estadual. Os gastos públicos dos quatro estados, somados, seriam 36,7% maior que o atual.

A situação mais crítica é a do estado do Xingu, que teria que gastar 100,35% do seu PIB apenas para a manutenção da máquina pública. O estado de Carajás precisaria de 22,52% e de Tapajós 39,04%. No Brasil, os gastos médios dos estados não ultrapassam 12,47% do PIB.

O relatório também destaca que novos estados criados nesta região teriam problemas populacionais. “No Norte do país, os municípios têm uma extensão territorial muito grande, mas, em geral, população pequena. Com essa configuração, os novos estados seriam pouco povoados e a maioria deles, pouquíssimo populosos”, afirma o relatório. Apenas Carajás teria densidade populacional maior que a média da região, que é de 3,80 habitantes por km².

O Ipea conclui o relatório avaliando que as proposições de novos estados “carecem de fundamentação econômica” pois alguns gastos estimados superam o próprio PIB regional. As propostas que sugeriam a criação dos estados de Carajás, do Tapajós e do Xingu já foram arquivadas, mas ainda existem movimentos regionais favoráveis às idéias.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Alenquer entre as mais pobres do Pará

A cidade de Alenquer na região do baixo amazonas está entre os dez municípios do Pará mais pobres segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e estatísticas. Jacareacanga, no sudoeste do Pará, é o município mais pobre, com um surpreendente PIB per capta de R$ 1.401 por ano.

Os dados do PIB municipal – O Produto Interno Bruto de 2006, divulgados pela secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças, traçam um mapa da distribuição da geração de riqueza no Estado e mostram que ela está concentrada em poucos municípios.

Dos 143 municípios do Estado, 19 sozinhos produziram 75,4%, ou seja, mais de 33 bilhões e 400 milhões de Reais, do total do PIB do Pará. Os outros 124 municípios produziram apenas 24,6% do Produto Interno Bruto do Estado.

Traduzindo em dados sociais: isso significa desigualdades na distribuição de renda e pouca oferta de serviços públicos que tem como consequência a baixa qualidade de vida nos municípios mais pobres.

Os cinco municípios com maiores participações no PIB paraense foram Belém com a geração de mais de 12 bilhões e meio de Reais (R$ 12.520.322); Barcarena, que produziu mais de 3 bilhões e 500 milhões de Reais (R$ 3.564.035); Parauapebas (R$ 2.982.433), responsável por quase três bilhões de Reais; Marabá, com cerca de dois bilhões e 600 mil Reais (R$ 2.621.407) e Ananindeua (R$ 2.465.657) com aproximadamente dois milhões e 400 milhões de Reais.

Mas quando se trata de PIB por habitante, Canaã dos Carajás, lidera o ranking: com mais de 50 mil e 400 (R$ 50.488) Reais por ano por cada morador; em seguida está Barcarena, com cerca de 46.800 Reais (R$ 46.851); depois vem Parauapebas, com pouco mais de 31 mil Reais (R$ 31.320); Tucuruí, com mais de 23.600 Reais (R$ 23.667); e Marabá, com cerca de 13 mil Reais.

Os setores econômicos que impulsam o PIB do Pará continuam sendo o serviço, com mais 57% de participação (57,5%); indústria com cerca de 33% (33,4%) e agropecuária com pouco mais de 9% (,2%).

O baixo índice de atividades produtivas indica um outro problema: os municípios onde não há investimentos da iniciativa privada como é o caso de Alenquer, dependem quase integralmente da administração pública, ou seja, são os salários pagos pelos órgãos oficiais que regem a economia.

Por isso, o desafio da “nova” administração de Alenquer, eleita pelo voto direto na eleição de 2008, será de conseguir expandir a capacidade produtiva do município com a ajuda do governo do estado.

Alenquerense em Evidência

Quem assistiu a matéria exibida pelo Jornal SBT Pará, em Outubro do ano passado, aonde o nosso conterrâneo Luiz Sena (Palitete) comentou a pesada carga tributária do estado do Pará, agora terá a oportunidade de ver, mais um alenquerense no telejornal ancorado pela jornalista Úrsula Vidal.
Dessa vez, será a vez de Itamar Lopes ser personagem de uma matéria que abordará o comportamento da Metrópole da Amazônia. A matéria será exibida na segunda-feira, 12, durante o telejornal SBT Pará, data em que Belém comemorará seus 393 anos.

O Jornal SBT Pará é exibido de segunda a sexta-feira, sempre as 12:45hs da tarde.