segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Luiz Araújo é considerado culpado em seu terceiro julgamento e pega 60 anos

O Conselho de Sentença da 2ª. Vara do Júri da Capital, após onze horas de julgamento, julgou o co-réu José Luiz Pinheiro de Araújo culpado pelo duplo homicídio triplamente qualificado, praticado contra Ubiracy e Uraqitãn Borges Novelino. A sentença condenatória do radialista foi fixada em 60 anos de reclusão, tendo sido proferida pouco por volta das 19h30, pelo juiz Raimundo Moisés Alves Flexa, presidente da sessão.

Os jurados acolheram a tese da acusação, por maioria dos votos responsabilizando Luiz Aráujo, assessor do empresário Chico Ferreira (já condenado pelo crime), também responsável pelo planejamento e execução do assassinato dos empresários. A acusação do homicídio triplamente qualificado, sustentada pelo promotor de justiça Paulo Godinho, autor da ação penal, que atuou em conjunto com os advogados Roberto Lauria, Agnaldo Ramos Júnior e Antonio Santos Neto, foi acolhida na sua totalidade.

Luiz Araújo já estava condenado a 20 anos pelos crimes conexos (ocultação de cadáveres, formação de quadrilha e recepção qualificada). A sentença proferida no julgamento realizado dias 19 a 21 de Novembro do ano passado, somou-se aos 30 anos que pegou por cada vítima, no julgamento ocorrido hoje, totalizando 80 anos.

Os advogados de defesa do radialista defenderam as teses de menor participação e por negativa de co-autoria, requerendo a absolvição de Luiz Araújo, “por entender que há incompatibilidade de condenação pelo crime de homicídio, em face do mesmo ter sido condenado por receptação pelo mesmo fato”, conforme assinalado na sentença . Os advogados pediram também aos jurados que caso não aceitassem as teses e viessem a condenar o co-réu, que reconhecessem que a participação foi de menor importância para a consumação do crime.

Na sentença prolata, o juiz destacou que, “torna-se fácil de se concluir o que realmente aconteceu na dia do crime, 25 de Abril de 2007. “As vítima foram atraídas para uma reunião na empresa Service Brasil de propriedade da família de João Batista Pereira Bastos, condenado ano passado a 80 anos de reclusão.

Para o juiz “a crueldade dos fatos imputados ao co-réu, norteados pela forma animalesca de executar e ocultar as vítimas, que viveram suas últimas horas diante de uma expectativa inapelável de terror, conduzem inevitavelmente, ao mais profundo juízo de reprovabilidade”, ressaltou na sentença.

Essa era a terceira vez que Luiz Araújo ia a Júri Popular acusado pela morte dos irmãos Ubiracy e Uraqitãn Novelino em abril de 2007.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Espaço Cultural homenageia Benedicto Monteiro no Centur

O Governo do Estado do Pará, por meio da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves homenageará o escritor Benedicto Monteiro, com a inauguração de um espaço cultural multi-uso no térreo do prédio do Centur, que levará o nome deste escritor paraense: "Hall Benedicto Monteiro".

O evento de inauguração do hall ocorrerá nesta quarta-feira, dia 17 de setembro, a partir das 18hs, e contará com a presença de amigos e familiares do escritor, programação litero-musical, exposição de fotos, objetos pessoais, e exibição do documentário "Transtempo", que resgata a fantástica biografia do grande escritor. O Hall Benedito Monteiro, servirá como espaço de exposição de obras de arte do acervo da Galeria Theodoro Braga, e também como espaço para lançamento de livros, recitais e saraus de poesia, universo vivenciado pelo escritor paraense.

A história: Benedicto Monteiro nasceu dia 1º de março de 1924, em Alenquer, Oeste do Pará. Foi um dos mais importantes escritores paraenses do século XX, com mais de vinte livros publicados. Formou-se bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Pará. Exerceu a magistratura no Ministério Público. Foi membro da Academia Paraense de Letras, do IHGP (Instituto Histórico e Geográfico do Pará) e da Academia Paraense de Jornalismo. Monteiro recebeu uma série de honrarias, tais como o título de Honra ao Mérito da Assembléia Legislativa do Estado, Honra ao Mérito da Câmara de Vereadores de Belém; Medalha Tiradentes do Governo do Estado do Pará; Medalha José Veríssimo da Academia Paraense de Letras.

Em 2008 lançou seu último livro intitulado "O Homem Rio – A Saga de Miguel dos Santos Prazeres", no Térreo da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves, numa noite chuvosa. Não contamos com a presença do maior romancista paraense, por encontrar-se hospitalizado naquela ocasião, mas familiares fizeram questão de acompanhar a realização do sonho de Bené: lançar seu livro.

Benedicto Monteiro atuou como advogado, magistrado, professor, político, poeta, contista e romancista e acima de tudo um amante do Estado do Pará. "A homenagem que a Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves irá realizar é apenas uma gota na imensidão do rio amazônico, e tê-lo homenageando um espaço no prédio público em que o escritor escreveu parte de sua trajetória é sinômino de orgulho para o povo paraense" expressou Gerson Araújo, presidente da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves."

Informações: (91) 3202 4375 / 3202 4376

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Avião que vinha de Alenquer cai próximo a Santarém

O avião monomotor modelo Embraer EMB-711C Corisco prefixo: PT-NNM da empresa W e J Táxi Aéreo caiu na tarde desta quinta-feira no Rio Tapajós no trecho entre as Praias Pajuçara e Maria José próximo a pista do Aeroporto Internacional Maestro Wilson Fonseca, em Santarém.

O monomotor que fazia o transporte de malotes do Banco do Brasil vinha de Alenquer Oeste do estado após ter passado pelas cidades de Juruti, Óbidos e Oriximiná.

Informações dão conta de que três pessoas estavam a bordo, o comandante do avião, Adolfo Biver e dois passageiros a arquiteta Leila Domingues e o nutricionista Rubem Serruya. Os três conseguiram sair do monomotor com vida, no entanto o nutricionista desapareceu nas águas do Rio Tapajós antes de ser resgatado.Segundo relatos dos sobreviventes o avião apresentou problemas no motor por volta das 16h00 obrigando o piloto a tentar um pouso forçado na água.

Na foto é Rubem Serruya que está desaparecido.

Foto e fonte: Notapajos

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Ex-prefeito é acusado de desviar verba pública

Uma denúncia de desvio de verbas que seriam destinadas à saúde, pesa sobre o ex-Prefeito de Alenquer, João Damascena Filgueiras o João Piloto e contra a ex-Secretária de Saúde do Município, Maria do Socorro Damascena Filgueiras.

De acordo com apurações do Ministério da Saúde, João Damascena teria aplicado irregularmente recursos destinados à saúde. As informações constam no relatório de auditoria iniciada a mais de dois anos, elaborado pelo próprio ministério.

O montante das verbas desviadas do SUS pelo ex-prefeito, apuradas devidamente pelo setor de contabilidade e Auditoria do Ministério da Saúde, através do Fundo Nacional de Saúde, totaliza R$ 413.474,89. Este valor, acrescido de juros no valor de R$ 230.674,47, perfaz um total de R$ 644,149,36.

Em agosto deste ano, O Ministério da Saúde, através do Diretor Executivo do Fundo Nacional de Saúde, Arionaldo Bonfim Rosendo, encaminhou ofício a prefeitura de Alenquer, informando sobre o Relatório de Auditoria de nº 2108/2005. O documento comunica que será instaurada Tomada de Contas Especial, tendo em vista irregularidades apuradas na aplicação dos recursos do SUS, pela Prefeitura Municipal de Alenquer, na gestão da Sra. Maria do Socorro Damascena Filgueiras.

Caso não seja esclarecido o destino desta montanha de dinheiro que deveria ser usado na saúde pública municipal, o ex-prefeito de Alenquer estará em maus lençóis e sem rumo na política ximanga.

Os rumos desse dinheiro está sendo investigado pelo Ministério Público Federal.

João Piloto, que teve sua gestão entre os anos de 1997 a 2004, atualmente é candidato a Prefeito do município de Alenquer, pelo Democratas.


Fonte: O Impacto

sábado, 6 de setembro de 2008

Justiça decreta prisão preventiva de homem que matou a própria família

A justiça decretou a prisão preventiva de Francisco Camelo Filho que matou e em seguida enterrou os corpos do pai, da madrasta e de três crianças, há quase um mês em Alenquer. O crime só foi descoberto esta semana. O crime aconteceu na comunidade de Urumanzal a 40 quilômetros de Alenquer.

A polícia recebeu a denúncia dos vizinhos e quando interrogado Francisco Camelo confessou que matou a família administrando veneno raticida no jantar. Ele mostrou o local em que os corpos estavam e onde ele havia feito uma caieira.

Durante três dias o acusado viu queimar os corpos do próprio pai Francisco Camelo, da companheira do pai Lucidalva Sousa, da filha dela Maria Leonilde Sousa e de mais duas crianças, um menino de aproximadamente 8 anos e o de uma menina de 09 meses

Peritos e técnicos do Centro de Perícias Renato Chaves já fizeram à remoção dos fragmentos ósseos. O material será enviado para Belém para que seja feita a identificação por DNA.

O laudo deve sair em até 40 dias


Fonte e Foto: Notapajos

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

PRESO ACUSADO DE MATAR CINCO PESSOAS DA MESMA FAMÍLIA EM ALENQUER

Já está recolhido no Presídio Regional em Santarém, Oeste do Pará, o pequeno fazendeiro Francisco Camelo de Oliveira Filho, 27 anos, conhecido por Pelado. Ele confessou ter matado por envenenamento cinco pessoas da mesma família e depois ter queimado os corpos em uma caieira, no município de Alenquer, na mesma região.

O crime, ocorrido há um mês, foi descoberto nesta quarta-feira 3, por uma equipe de policiais civis coordenados pelo delegado Germano Carneiro do Vale.

Em depoimento, Francisco confessou a autoria do crime e disse que o cometeu por causa da briga com pai em função da demarcação dos terrenos das duas fazendas de propriedade da família. As vítimas são o pai de Pelado, Francisco Camelo de Oliveira, conhecido por Chico Camelo; a madrasta do acusado, Lucidalva de Sousa Lira; Maria Leonilda de Sousa Rodrigues, cunhada de Chico Camelo; e os filhos de Lucidalva, Lucivando de Sousa, de 9 anos, e um bebê de seis meses.

Há um mês, denúncias feitas à Delegacia de Alenquer davam conta do desaparecimento de cinco pessoas residentes na fazenda Milagre, situada na comunidade Arumanzal, zona rural do município. A equipe policial passou a investigar o fato. Na casa da fazenda em que morava a família, atualmente, residiam Francisco Camelo Filho e a esposa.

Aos moradores da comunidade e familiares, o acusado alegava que o pai havia lhe vendido a fazenda por R$ 15 mil e depois teria viajado com toda a família para local desconhecido. O delegado passou a suspeitar de Francisco Filho. No dia 1° deste mês, o delegado solicitou à Justiça de Alenquer uma ordem judicial de busca domiciliar na fazenda para apreender objetos e bens das pessoas, até então, desaparecidas para auxiliar nas investigações. O mandado foi decretado no dia 3 e cumprido por volta de 6h30, quando uma equipe de policiais civis e militares foi à propriedade.

Durante vistoria no imóvel, os policiais encontraram dois revólveres de calibres 32 e 38, além de uma espingarda, calibre 36. Francisco Filho recebeu voz de prisão e foi conduzido à viatura policial, juntamente com sua mulher. A caminho da delegacia, ao perceber que a mulher também seria presa, ele resolveu confessar o crime e indicar o local onde estavam os restos mortais das vítimas. Em depoimento ao delegado, Francisco Filho contou ser dono da fazenda Santa Tereza, situada a 300 metros de distância da fazenda Milagres. O preso alegou que a relação com o pai não andava bem, por causa da separação com sua mãe. Segundo ele, as coisas pioraram depois que o acusado recusou-se a atender a um pedido feito por seu pai, no final do mês de julho, para retirar um pico (demarcação), que divide a fazenda do acusado e a de seu pai. O Filho afirmou que, no dia seguinte, o pai foi à fazenda Santa Tereza, com um arma de fogo, e tentou matá-lo.

Ele chegou a efetuar um disparo em direção ao filho, que teve de correr para os fundos da fazenda para não morrer. O preso alegou ter sido ameaçado de morte pelo pai. Ainda, segundo Francisco Filho, o incidente chegou aos ouvidos dos comunitários que intercederam e pediram ao senhor Francisco Camelo de Oliveira, que relevasse tudo e pedisse desculpa ao filho. Dois dias depois, Francisco, o pai, foi até à fazenda Santa Tereza e pediu desculpas ao filho, alegando que havia sido incentivado por sua mulher para obrigá-lo a aceitar a demarcação dos terrenos.

Apesar de aceitar as desculpas, Francisco Filho disse ter ouvido boatos de que a desculpa era uma mentira, pois o pai queria mesmo matá-lo para ficar com as fazendas. No final de julho, por volta de 16h, enquanto colocava o gado no curral, o acusado disse ter recebido a visita de seu pai, que lhe perguntou se havia trazido peixe para casa. Em seguida, Chico Camelo perguntou se poderia jantar com a família na casa do filho, o que foi aceito pelo acusado. Em torno de 18h, as vítimas foram ao local. Ali, Lucidalva e Maria Leonilda aprontaram uma caldeirada de peixe.

No momento em que os familiares estavam fora da casa em volta de um igarapé, o acusado apanhou um frasco com veneno de matar rato e o despejou na panela de peixe sobre o fogão. Após o jantar, o pai dele e familiares retornaram à fazenda Milagre. O preso conta, no depoimento, que por volta de 20h, foi à casa de um vizinho. Ao retornar, às 21h30, avistou uma mulher caída na estrada e percebeu que era Maria Leonilda já morta. Em seguida, foi à fazenda de seu pai e o encontrou morto ao lado da mulher na cama do quarto. Em outro quarto, encontrou as crianças. Uma delas ainda estava viva. Ele retornou ao quarto do pai e carregou o corpo dele até os fundos da fazenda, onde havia um buraco que usava para queimar carvão. Em seguida, agiu da mesma forma, colocando os corpos de Lucidalva e Maria Leonilda. Por fim, colocou no buraco as crianças já mortas.

Após os corpos estarem todos juntos no buraco, o acusado cobriu o local com madeira e ateou fogo. O preso afirmou ainda que as chamas ficaram acesas durante quatro dias. No quarto dia, ao perceber que não havia mais fogo, resolveu cobrir o buraco com areia. Francisco Filho disse ainda, em depoimento, que pretendia matar apenas o pai, a companheira dele e a cunhada. Segundo ele, Lucidalva não o aceitava na família por ser filho da primeira mulher de Chico Camelo. Ela teria incentivado o pai e tentar matá-lo a tiros, segundo afirmou o preso.

O acusado, após o depoimento, foi transferido ao Centro de Recuperação Silvio Hall de Moura, em Santarém, onde está recolhido à disposição da Justiça. Ele vai responder pelas cinco mortes, ocultação de cadáveres e porte ilegal de armas. Os restos mortais das vítimas foram removidos para perícia em Santarém.

Fonte: Ascom PC
Fotos: SBT Alenquer